terça-feira, 26 de julho de 2011

A Cura da Doença Européia

A proposta de Guido Tabellini envolve a transferência substancial de soberania econômica dos países da União Européia (UE) para as autoridades da UE (a Comissão ou agências regulatórias), com o objetivo de evitar a acumulação insustentável de dívida. A criação de um governo central, cujo principal objetivo é prover seguro aos estados membros associado à imposição de restrições orçamentárias rígidas, aproxima esta proposta da do "Federalismo Preservador de Mercados", de Barry Weingast. A estruturação de reformas institucionais na Europa com base no FPM pode se constituir na cura da doença européia, ao limitar a capacidade dos estados membros de se engajar em políticas predatórias (como a acumulação insustentável de dívidas, por exemplo) favorecendo o fortalecimento de mercados com melhores perspectivas de crescimento econômico.

Um comentário:

Henrique disse...

LRF neles!

O problema é que já existiam diversos limites, seja para endividamento ou déficits... Dessa vez é diferente?

Fool me once, shame on you
Fool me twice, shame on me

E a viabilidade política disso? Basta um referendo num determinado ponto no tempo para um país optar por sair da União Europeia? Desconfio que sim... ou seja, a LRF europeia já começa com uma desvantagem monumental de enforcement.

Enfim, a ideia é boa. O problema é com as condições para implantá-la...