quinta-feira, 30 de setembro de 2010

As Apostas dos Simpsons Para o Nobel em Economia

Entre os meus favoritos para o Nobel também estão o Jagdish Bhagwati e o Avinash Dixit, citados nos Simpsons. Outros favoritos meus são o Alberto Alesina e o Robert Barro.
(HT: Marginal Revolution)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Manifesto em Defesa da Democracia

O manifesto foi publicado pelo Estadão. Assino embaixo, profundamente preocupado com os rumos políticos do país.

"Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.
Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.
Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.
É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.
É inaceitável que a militância partidária tenha convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.

É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.

É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade.

É constrangedor que o Presidente da República não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há ''depois do expediente'' para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no ''outro'' um adversário que deve ser vencido segundo regras da Democracia , mas um inimigo que tem de ser eliminado.

É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.

É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a expansão da telefonia e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.

É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É um escárnio que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.

Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para rasgar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.

Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.

Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos."

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Recessão Americana Está no Fim?

É o que anuncia o NBER. Jeffrey Frankel, membro do comitê Business Cycle Dating do NBER, explica o que significa este anúncio.

Individualismo x Coletivismo

Valores culturais são determinantes de prosperidade? Este estudo levanta evidências de que culturas individualistas atrelam status social a realizações pessoais, provendo não somente incentivos monetários como também recompensas em termos de status social. (HT: Shikida)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Crise Financeira e Recessão: Como o Ensino de Economia Deve se Adaptar?

A The Economist faz esta pergunta. Economistas do porte de Michael Bordo, Alberto Alesina, Guillermo Calvo, Tyler Cowen e Eswar Prasad respondem.

domingo, 19 de setembro de 2010

O Mito da Desindustrialização

Jagdish Bhagwati expõe, em belo artigo, algumas falácias do argumento da importância do setor manufatureiro. Abaixo vão as passagens mais interessantes para quem acompanha um debate nacional sobre os perigos da desindustrialização:

"In mid-1960’s Great Britain, Nicholas Kaldor, the world-class Cambridge economist and an influential adviser to the Labour Party, raised an alarm over “deindustrialization.” His argument was that an ongoing shift of value added from manufacturing to services was harmful, because manufactures were technologically progressive, whereas services were not.

Kaldor’s argument was based on the erroneous premise that services were technologically stagnant. This view no doubt reflected a casual empiricism based on the mom-and-pop shops and small post offices that English dons saw when going outside their Oxbridge colleges. But it was clearly at odds with the massive technical changes sweeping across the retail sector, and eventually the communications industry, which soon produced Fedex, faxes, mobile phones, and the Internet.

In fact, the dubious notion that we should select economic activities based on their presumed technical innovativeness has been carried even further, in support of the argument that we should favor semiconductor chips over potato chips... It turned out that semiconductors were being fitted onto circuit boards in a mindless, primitive fashion, whereas potato chips were being produced through a highly automated process (which is how Pringles chips rest on each other perfectly).

The “semi-conductor chips versus potato chips” debate also underlined a different point. Many proponents of semiconductor chips also presumed that what you worked at determined whether, in your outlook, you would be a dunce (producing potato chips) or a “with-it” modernist (producing semiconductor chips).

I have called this presumption a quasi-Marxist fallacy. Marx emphasized the critical role of the means of production. I have argued, on the other hand, that you could produce semiconductor chips, trade them for potato chips, and then munch them while watching TV and becoming a moron. On the other hand, you could produce potato chips, trade them for semiconductor chips that you put into your PC, and become a computer wizard! In short, it is what you “consume,” not what you produce, that influences what sort of person you will be and how that affects your economy and your society.

Ignorant of the extensive “deindustrialization” debate in 1960’s Great Britain, two Berkeley academics, Stephen Cohen and John Zysman, started a similar debate in the US in 1987 with their book Manufacturing Matters, which claimed that, without manufactures, a viable service sector is untenable. But this argument is specious: one can have a vigorous transportation industry, with trucks, rail, and air cargo moving agricultural produce within and across nations, as countries such as pre-Peronist Argentina, Australia, New Zealand, and modern Chile have done very successfully.

Cohen and Zysman argued that manufactures were related to services like “the crop duster to the cotton fields, the ketchup maker to the tomato patch,” and that if you “[o]ffshore the tomato farm…you close or offshore the ketchup plant….No two ways about it.” My reaction was: “[A]s I read the profound assertion about the tomato farm and the ketchup plant, I was eating my favorite Crabtree & Evelyn vintage marmalade. It surely had not occurred to me that England grew its own oranges.”"

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Perspectivas Sobre a Liberdade de Imprensa

Para o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, "O problema do Brasil é o monopólio das grandes mídias, o excesso de liberdade e do direito de expressão e da imprensa", conforme reportagem do Estadão. Por outro lado, o filósofo escocês David Hume professa sua visão sobre a liberdade de imprensa:

"It is apprehended, that arbitrary power would steal in upon us, were we not careful to prevent its progress, and were there not an easy method of conveying the alarm from one end of the kingdom to the other. The spirit of the people must frequently be rouzed, in order to curb the ambition of the court; and the dread of rouzing this spirit must be employed to prevent that ambition. Nothing so effectual to this purpose as the liberty of the press, by which all the learning, wit, and genius of the nation may be employed on the side of freedom, and every one be animated to its defence. As long, therefore, as the republican part of our government can maintain itself against the monarchical, it will naturally be careful to keep the press open, as of importance to its own preservation."

Para o ex-ministro, liberdade de imprensa é um empecilho para a consolidação de uma ditadura petista, enquanto que para David Hume liberdade de imprensa é necessária para preservar liberdades individuais e impedir a consolidação de um governo absolutista. Ambos estão em comum acordo no que tange a concentração de poder, porém em lados distintos. É preocupante que, a considerar o estado atual da situação política no Brasil, a interpretação do ex-ministro acabe por se tornar predominante no país.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Liberdade na Estrada em Porto Alegre


O Liberdade na Estrada é uma ótima iniciativa do Ordem Livre, um Think Tank dedicado à promoção de liberdade individual, paz e livre mercados. O itinerário completo está aqui. Não custa mencionar que eu estarei ao lado do Bruno e do Diogo no encontro de Porto Alegre.