quinta-feira, 10 de julho de 2008
Preços do Petróleo, Dólar Fraco e a Possibilidade de Guerra no Irã
É sabido, entre especialistas em finanças, que existe uma relação inversa entre preço de ativos e taxa de juros. A baixa taxa de juros nos EUA não apenas levou a um aumento dos preços de ativos (vide a crise no mercado hipotecário norte-americano) como também ajudou a desvalorizar o dólar. Ocorre que tanto o petróleo quanto certas commodities têm qualidades de ativos, pois podem ser estocados para uso futuro. Mas o preço corrente de ativos também é determinado pelo seu retorno futuro e isto significa que, no caso do petróleo, o mercado pode estar prevendo uma maior escassez relativa futura. Ao contrário da segunda Guerra do Golfo, quando George W. Bush invadiu o Iraque em retaliação ao ataque às torres do World Trade Center e não houve movimento significativo dos preços do petróleo (ou seja, a previsão do mercado - diga-se ofertantes e demandantes de petróleo, aqueles agentes que têm conhecimento específico das condições de mercado - não previu um rompimento naquela data) é possível que os participantes de mercado, via preços, estejam sinalizando que a crise do Irã é mais séria do que as manchetes de jornal e declarações oficiais pemitam perceber. Em outras palavras, o problema não é apenas o dólar fraco, pois uma valorização cambial no Oriente Médio poderia sanar o problema. Quem arrisca um palpite (e apostar seu dinheirinho nisto)?
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Um comentário:
Então o senhor acha que a alta do petróleo seja especulação em cima de uma possível guerra com o Irã?
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