Época de eleições, época de promessas. Uma das melhores em Porto Alegre é a do "transporte para facilitar a vida de quem está proibido por lei de dirigir depois de beber seu chopinho." Nada como ter o governo tomando conta da gente, para impedir que façamos algo de errado!
Mas aí meu viés libertário começa a emitir um sinal de alerta: se não pudermos tomar nossas próprias decisões, como vamos aprender o que é certo e errado, o que funciona e o que não? Como vamos desenvolver algum senso de responsabilidade? Suprimir a nossa capacidade de tomar decisões não apenas reduz nossa capacidade de auto-determinação e mina nossa liberdade individual, ela nos deixa a mercê da vontade (política) de outros para a determinação dos rumos de nossa existência.
Aqui cabe uma citação de Alexis de Tocqueville:
“Após ter agarrado cada membro da comunidade e tê-los moldado conforme a sua vontade, o poder supremo estende seus braços por sobre toda comunidade. Ele cobre a superfície da sociedade com uma teia de normas complicadas, diminutas e uniformes, através das quais as mentes mais brilhantes e as personalidades mais fortes não podem penetrar, para sobressaírem no meio da multidão. A vontade do homem não é destruída, mas amolecida, dobrada e guiada; os homens raramente são forçados a agir, mas constantemente impedidos de atuar; tal poder não destrói, mas previne a existência; ela não tiraniza, mas comprime, enerva, ofusca e estupefaz um povo, até que cada nação seja reduzida a nada além de um rebanho de animais tímidos e trabalhadores, cujo pastor é o governo”.
Será isto o que desejamos?
quinta-feira, 24 de julho de 2008
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