sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Governança Corporativa do Crime

De acordo com a teoria do bandido estacionário de Mancur Olson, uma gangue de criminosos que se torna poderosa passa a cumprir funções de Estado, como a provisão de bens públicos e o controle de externalidades. Este é o caso da Máfia mexicana, como relata Alex Tabarrok.

3 comentários:

Degauss disse...

Que nome mais esquisito este: “teoria do bandido estacionário”!! Será que ele é estacionário porque está em cana e de lá não pode ir a lugar algum? Deve ser isto. De todo modo, temos bons exemplos no Brasil do acerto desta teoria. Basta ver o caso do PCC em São Paulo, do CV e das milícias no Rio. Funcionam igualzinho o que prevê a teoria. O autor da teoria não fala, mas deveria ter dito que uma das hipóteses de seu “modelo” é a de que o nível de corrupção oficial prevalente deve ser endêmica. Caso, como sabemos, aqui do patropi. Em alguns países que conhecemos Fernandinhos beira-mar e Marcolas da vida não teriam a fama (e o poder) que têm.

Ronald Hillbrecht disse...

Degauss,
O conceito de "bandido estacionário" vem em oposição a "bandido nômade", que tem incentivos mais fracos para deixar riqueza sobrando e sobreviventes na pilhagem. O bandido estacionário é aquele que vive na sociedade e vende proteção contra outros e contra ele mesmo. Seus incentivos são melhores e mais compatíveis com os interesses da sociedade pois ele pode maximizar a riqueza líquida proveniente da pilhagem ao longo do tempo. Não vale a pena matar a galinha dos ovos de ouro. E sim, o PCC, CV, milícias no Brasil são bons exemplos da teoria (o governo também, que é o ponto central do Olson). Falta apenas alguém documentar estes casos em forma de artigo!

Degauss disse...

Não, Ronald, não falta ninguém para documentar. Basta ler a Veja. Ou estou enganado??