quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Política Industrial que Nunca Foi

OESP e o Mansueto já fizeram boas avaliações a respeito do Plano Brasil Maior, lançado terça feira. Embora mereça aplausos por iniciar uma discussão a respeito de uma possível política comercial e industrial, ele peca por um ponto essencial: trata-se de um plano mais protecionista do que de estímulo à produtividade. Quando promete desonerar setores escolhidos, admite que vai continuar onerando os demais, quando direciona crédito via bancos estatais (o que se chama de repressão financeira) para os setores escolhidos, encarece o crédito aos demais, e quando dá ênfase a termos como "concorrência desleal" e "guerra cambial", perde o foco nos determinantes da baixa produtividade da indústria doméstica e dos outros setores da economia, que são o elevado peso da carga tributária e os elevados custos de transação e barreiras à entrada oriundos de excesso de legislação. Em suma, tem poucas características de um bom plano de desenvolvimento econômico e representa mais do mesmo, que é a venda de proteção, favorecendo atividades de rent-seeking e desestimulando criação de renda e riqueza.

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