quinta-feira, 3 de junho de 2010

Tao Te Ching e Ordem Espontânea

No Tao Te Ching, obra escrita mais de dois mil anos antes de A Riqueza das Nações de Adam Smith, Lao Tzu instrui o governante a adotar o princípio da ordem espontânea, ou não interferência (wu wei), como a melhor maneira de alcançar felicidade e prosperidade:

Administre o império não se engajando em nenhuma atividade.
Quanto mais tabus e proibições existirem neste mundo,
Mais pobres as pessoas serão.
Quanto mais leis e ordens forem proeminentes,
Mais ladrões e assaltantes existirão.
Portanto, o governante diz:
Eu não faço nada e as pessoas irão se transformar.
Eu não me engajo em nenhuma atividade e as pessoas irão prosperar.

Lao Tzu entendeu que corrupção e pobreza emanam de restrições à liberdade individual decorrentes da atividade de governo. Portanto, o "Livro do Caminho e da Virtude" recomenda limitar as ações de governo para ajudar a criar um ambiente onde as pessoas possam buscar suas próprias realizações pessoais e felicidade. Trata-se de uma boa lição de sabedoria oriental para os nossos candidatos a qualquer cargo político, que acreditam poder remover os males da nossa sociedade simplesmente criando mais e mais restrições à atividade econômica.

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