Economistas alternativos no Brasil de vertente keynesiana, com influência na academia e na formação de opinião pública, defendem a tese que a política mais estratégica para o desenvolvimento econômico é a política cambial, com o câmbio subvalorizado (Veja o debate sobre taxa de câmbio abaixo). Citam ainda a China como exemplo de país com crescimento econômico acelerado que faz uso desta estratégia. Me leva a pensar sobre o que seria da China sem a sua política de câmbio.
Curioso é que um dos maiores experts em estratégias de desenvolvimento econômico, chinês e profundo conhecedor da economia chinesa, o economista Justin Yifu Lin, em recente livro, sequer menciona o câmbio. Importantes para o desenvolvimento são políticas que exploram e desenvolvem vantagens comparativas (Comparative Advantage Following), e não aquelas que se opõem (Comparative Advantage Defying). Mais curioso ainda é sua observação de que o fracasso da América Latina em se desenvolver decorre de seus erros de estratégia, que misturam substituição de importações com keynesianismo. O problema é que esta mistura nefasta cria um ambiente institucional propício à corrupção, rent-seeking e péssima distribuição de renda, regado a muita ineficiência econômica.
Dá para começar a entender qual que é o problema deste país?
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Sobre Economia Alternativa,Taxa de Câmbio, Crescimento Econômico e a China
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