O Alex já havia mostrado alguns dados que mostram um relaxamento da política fiscal na primeira metade deste ano em comparação ao ano anterior. Longe de ser política anticlíclica, trata-se de crescimento do governo. O Shikida lembrou que não basta ter uma política fiscal corrente adequada, mas expectativas sobre a política fiscal futura são importantes também para a determinação da taxa de juros.
No entanto, demonstrando um exímio conhecimento da arte do duplo pensar, ministros do governo federal acusam analistas de má-fé e falam em boa gestão financeira para em seguida defender a queda do desempenho fiscal do governo federal. O editorial do Estadão que aponta estes problemas conclui:
"Os ministros confiam - este é o ponto nem sempre confessado - na recuperação da economia e na consequente elevação da receita fiscal para acertar as contas do governo. É só isso. Não há motivo para se esperar da administração federal nenhum esforço de austeridade. Se a gastança eleitoreira continuar, a estabilidade dos preços voltará a depender da intervenção do Banco Central. Quando isso ocorrer, o aumento dos juros será mais uma vez criticado por integrantes do governo, em mais uma evidente demonstração de má-fé."
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