segunda-feira, 20 de julho de 2009

domingo, 19 de julho de 2009

Libertem as Escolas!

Andrew Coulson é diretor do Centro para Liberdade Educacional do Cato Institute. Comparando a provisão pública de educação com a provisão privada, em recente artigo, ele chega às seguintes conclusões:

"Across time, countries and outcome measures, private provision outshines public in the overwhelming majority of cases. More important, the least regulated, most market like education systems show the greatest margin of superiority over monopoly schooling. In literature on education, 59 findings show that markets outperform school monopolies. Not a single study has found a monopoly school system to be as efficient as a market system."

O artigo do Coulson é sobre os EUA e não particularmente sobre o Brasil. Mas o problema é que a falência do sistema educacional naquele país não chegou, pelo menos ainda, à catástrofe que é o nosso monopólio estatal na educação, que é de longe a maior falha de governo no país.
Que o nosso sistema de ensino está longe de ser satisfatório é autoevidente: O sindicato dos professores de escolas estaduais do RS, capturado por partidos políticos de ideologia socialista como PSOL, PSTU e PT, faz oposição sistemática a qualquer governo que não seja de uma destas siglas, ignorando qualquer discussão de mudança de gestão que privilegie qualidade na educação. O curioso é que políticos e militantes conhecidos no RS, defensores do modelo educacional estatal, escolhem para seus próprios filhos a educação de escolas privadas. O "modelo" funciona então assim: quem tem recursos financeiros - como a classe média, políticos de esquerda, sindicalistas, etc. - consegue exercer a opção de libertar seus filhos da escola pública e melhorar os prospectos de sua renda futura matriculando-os em escolas privadas; quem não tem está condenado ao sistema estatal.
Nada é mais urgente neste país do que uma reforma educacional sensata. O problema é que para consegui-la o país deve abdicar de tanta demagogia e aceitar abrir o leque de opções de reforma.

terça-feira, 14 de julho de 2009

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Entre Bailouts e Estímulos Fiscais, o Melhor é Não Fazer Nada

Esta é a conclusão de Jeffrey Miron:

"The fundamental problem underlying the financial crisis was government policy. Instead of undertaking enormous new policies, we should try to fix or eliminate bad policies and focus on efficiency rather than redistribution. Doing nothing new and simply working with pre-existing procedures would have been much better than anything we've done so far."

Melhor Defesa da Democracia e Alternância no Poder

Casa dos Horrores

Direto da The Economist, sobre a crise do Senado:

"The Senate has just 81 members but somehow they require almost 10,000 staff to take care of them. Many of these are appointed as favours to senators’ friends or political supporters. One former staffer says that his fellow-employees used to say that the senate was like a mother to them. Others liken it to a country club. The benefits of membership include free health insurance for life for all senators and their families, generous pension arrangements and housing allowances. This much was already familiar to Brazilians and, perhaps, not so different from the goings on in many other legislatures around the world."

"Mr Sarney, who has spent 50 years in public life, is a survivor. He will probably keep his post. He remains a power in the Party of the Brazilian Democratic Movement (PMDB), a catch-all outfit that is an important part of President Luiz Inácio Lula da Silva’s governing coalition. Lula wants Mr Sarney to swing the weight of the PMDB, and its patronage machine, behind Dilma Rousseff, the probable candidate of the ruling Workers’ Party in the presidential election next year.

Lula has said that Mr Sarney deserves more respect, and has blamed the press for whipping up scandal. But at a time when the economy is only just emerging from recession, the saga of the “secret acts” has reminded Brazilians that their politicians never impose austerity on themselves. It may also have reminded them of the flaws of some of Lula’s allies, and his willingness to shut his eyes to scandal when it suits him."

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Para Entender a Crise em Honduras

O site do Cato Institute, em espanhol, talvez seja a melhor alternativa disponível.

Por Que os EUA não Apoiam o Estado de Direito em Honduras?

Várias pessoas me perguntam por que a defesa da Constituição em Honduras pela Justiça e Legislativo tem sido tão duramente atacada. Ouvi hoje mesmo em uma rádio de projeção nacional algo como "os golpistas do Supremo são contra a democracia, pois expulsaram violentamente o presidente Zelaya de Honduras por desejar um referendo popular sobre sua reeleição". Difícil saber com precisão a resposta a esta questão, mas este artigo de Mary O'Grady (WSJ) ajuda a esclarecê-la.


Acima: Castro, Zelaya e Chavez, os defensores da "democracia" na América Latina, em 29 de junho na Nicarágua

Governo Obama: Pacote Fiscal de Estímulos ou Expansão Permanente do Governo?

Ed Lazear acredita que é a segunda alternativa. Ele argumenta:

"Congress and the Obama administration have used the economic downturn as an excuse to expand the size of government. Calling it a stimulus, they have instead put in place a spending agenda that will unfold over the next two years. Although a little over one-third of the American Recovery and Reinvestment Act of 2009 goes to tax relief, the rest is in the form of spending programs that will be difficult to stop once they are up and running."

"Additional evidence that the Obama administration wants to expand government rather than stimulate the economy comes from the president's own statements about deficit reduction. When the budget came out, he announced a goal of reducing the deficit to around 4% of GDP by 2013, at which point the administration believes the economy will be fully recovered. Yet to keep the ratio of public debt to GDP constant, the deficit must actually stay below about 2.7%.For perspective, recall that the Bush deficit, which has been criticized for being too large, reached a peak of 3.6% of GDP in 2004. But it fell steadily to 1.2% of GDP by 2007 before rising again to about 3% after TARP."

"It may be the case that the country wants more government, that Americans now believe the European model of big government is best. That is a decision that society must make. But it should do so with no illusions: The current stimulus and calls for a future one are primarily government growth policies, not strategies to shorten the current recession."

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Falhas de Governo e o Uso Obrigatório de.... Cuecas

Pedro Albuquerque, de Incentives Matter, achou esta regulação sobre o uso obrigatório de cuecas. Pode parecer engraçado, mas governos que começam a regular até o uso de cuecas ultrapassaram em muito o limite admissível de controle sobre a sociedade. Isto me faz lembrar Alexis de Tocqueville, em A "Democracia na América":

"(O governo então) cobre a superfície da sociedade com uma rede de regras pequenas e complicadas, que mesmo as mentes mais originais e o caráter mais enérgico não conseguem penetrar e subir acima da multidão. A vontade do ser humano não é destruída, porém amaciada, dobrada e conduzida: As pessoas raramente serão forçadas a agir, mas serão constantemente impedidas de agir. Tal poder não destrói, mas impede a existência, ele não tiraniza, mas comprime, enerva, extingue e estupidifica um povo, até que cada nação seja reduzida a nada mais do que um rebanho de tímidos e obedientes animais, dos quais o governo é o seu pastor".

Nada como cuecas estatais apertadas para tornar o rebanho bem obediente....

Atualização do Blogroll

The Money Ilusion: Basicamente sobre política monetária, mas outros tópicos interessantes também são abordados.

Economist's View: Excelente blog de Mark Thoma, economista da University of Oregon.

PAC e Falhas de Governo

O PAC, bem como outros projetos de governo, não anda por causa de falhas generalizadas de governo: falta de coordenação entre os órgãos de governo, excesso de burocracia, falta de pessoal qualificado e de infraestrutura. É o que conta o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Monopólios Profissionais: Por Que Só Advogados Podem ser Juízes?

Interessante artigo do Roberto Macedo no Estadão. Ele cita livro de Doris M. Provine, que estuda cuidadosamente o assunto nos EUA:

"Must judges be trained as lawyers in order to be effective in office, or can nonlawyers serve equally well? This question has long provoked controversy among lawyers, judges, legislators, and the public. In her empirical study of the place of the nonlawyer judge in the American legal system, Doris Marie Provine concludes that, despite the opposition of the legal profession to nonlawyer judges, they are as competent as lawyers in carrying out judicial duties in courts of limited jurisdiction.

Provine presents a persuasive argument that the case against nonlawyer judges has been weighted in favor of the professional interests of lawyers, not public concerns. Her examination reveals as much about the presuppositions of legal professionals as it does about the competency of nonlawyer judges to old judicial office."

Curioso é o argumento de Provine de que o caso contra juízes "não-advogados" diz mais respeito aos interesses profissionais de advogados do que aos interesses do público em geral. Estendendo o problema ao Brasil, não seria o caso do sistema de proteção à concorrência (CADE, SDE e SEAE) começar a questionar certos monopólios profissionais?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Teoria da Captura: Incra e MST. Quem Controla Quem?

A teoria da captura, do falecido George Stliger, prêmio Nobel em economia e professor da Universidade de Chicago, diz que, com relação a regulação de mercados por agências regulatórias, "é o regulado quem regulamenta o regulador". Mas captura pode ser um fenômeno bem mais geral, onde gupos de interesse capturam setores do governo, como neste caso onde ex-militantes do MST coordenam núcleos do Incra.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

A Regra da Lei, Segundo Richard Epstein

Richard Epstein é professor de Direito da Universidade de Chicago e um dos poucos do ramo que são liberais clássicos. Vale a pena ouvi-lo, embora o podcast seja longo (um pouco mais de uma hora).

Citação do Dia

Living more hours naked each day results in a dramatic drop in my laundry, which in turn reduces my water and energy use (along with my related bills), it also reduces the amount of soap I release, in my case, into the Puget Sound.” Kathy Blanchard on The Naturist Society’s Web site.

Para ver o artigo completo, somente no NYT. Faça bom uso do conselho de Kathy!

Giácomo Balbinotto Ganha Prêmio Internacional

Foi divulgado em primeira mão no mundo virtual pelo Econosheet, um ótimo blog de alguns alunos da FCE que já se destacam na graduação: O meu colega Giácomo (e os co-autores Denis Borenstein e Marcelo Berger) foi agraciado com o prêmio 2009 Microsoft Research Award for Scholarship on Law and Economics, concedido aos 10 melhores artigos e trabalhos apresentados no congresso de direito e economia em Barcelona.

Parabéns Giácomo!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Por Que a América Latina Está Ficando Para Trás?

A América Latina está ficando para trás da maioria das regiões do planeta por causa do seu sistema educacional, que é responsável pelo péssimo desempenho de estudantes em testes internacionais de habilidades cognitivas, desempenho próximo da África sub-Sahariana. O argumento completo está no recente working paper de Hanushek e Woessmann.



Frases Que Eu Gostaria de Ter Dito

"A República Americana irá durar até o dia em que o Congresso descobrir que pode subornar o público com dinheiro público" Alexis de Tocqueville.


Frase apropriada (exceto pelo termo "Americana", que bem poderia ser trocado pelo "Brasileira") para entender porque o escândalo do Senado não desperta reação popular. Ainda bem que o presidente do Senado já está investigando as denúncias sobre atos secretos, nepotismo e atuação do neto de Sarney em operações com crédito consignado aos servidores da Casa, embora um cara boa pinta afirme que as denúncias são coisa menor.