A discussão de Glaeser diz respeito à American Economic Association que, argumenta-se, deveria impor limites éticos à profissão. No entanto, ele conclui - a meu ver corretamente - que:
Universities have the resources to develop ethical guidelines and the power to enforce them. They are the employers of academic economists, and ethical lapses damage them, too. They are the natural institutional guardians of their employees’ professional behavior.
A conclusão aplica-se também às universidades brasileiras. Elas pecam, em sua grande maioria, por não estabelecer diretrizes claras quanto ao comportamento esperado dos alunos no que diz respeito a plágio, cola e comportamento admissível de forma geral. Da mesma forma, poucas têm um código de ética para seus docentes e pesquisadores. É certo que códigos de ética representam apenas um incentivo soft para limitar o comportamento, porém são importantes à medida que sinalizam o que não é apropriado e podem ser complementados por medidas disciplinares. Na sua ausência, palavras de ordem como punir e penalizar degeneram rapidamente para perseguir (em particular os desafetos), principalmente quando combinadas com a criação de metas arbitrárias, antagônicas e de aplicação dúbia, em particular quando existe concentração de poder nas instâncias decisórias relevantes. Nestes casos, pode-se esperar a proliferação de bullying profissional com a consequente queda na qualidade das relações profissionais e na disposição de cooperação na instituição. Alguém já viu este quadro antes?
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Ed Glaeser: Quem deve Impor Limites Éticos à Profissão de Economia?
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