É com profundo pesar que encaro nestas eleições presidenciais a vitória do presidente fanfarrão, do seu partido liberticida e da sua candidata de moralidade ímpar (com seu glorioso passado de "lutas" e assaltos, seu brilhante currículo acadêmico falso, gerente politicamente competente de caras obras inacabadas e da corrupção na Casa Civil). Provavelmente o Cristiano Costa tenha melhor expressado a sensação que boa parte das pessoas que têm um mínimo apreço por decência, liberdade e democracia deve ter tido.
Mais decepcionante ainda foi a postura de alguns caciques do PSDB que, incapazes de reconhecer publicamente os méritos do seu próprio partido quando foi governo e mais envolvidos com os ditames de seus egos inflamados do que com a necessidade de produzir cooperação de forças intra partidárias, abdicaram, em diferentes momentos, de fazer oposição à ideologia de cunho nacional-socialista das forças políticas já entranhadas no poder e delegaram a importante tarefa de fazer a defesa dos ideais de uma sociedade mais livre, mais justa e democrática a um pequeno grupo de marqueteiros. Entretanto, é digno de nota que, considerando a mediocridade geral da classe política, salta aos olhos a postura política diferenciada do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, que foi capaz de superar os limites seu próprio ego a despeito das memórias de eleições passadas, quando a postura de alguns "companheiros" de partido foi muito semelhante à de hoje.
O que resta a nós, exceto o calafrio que percorre nossa espinha ao identificar no fisiologismo peemedebista a última trincheira política da sociedade brasileira contra a concentração de poder em mãos liberticidas? Parece não haver alternativa boa senão seguir a recomendação do Bruno Garschagen:
"O que devemos fazer, agora? Nos preparemos para mais quatro anos de luta incansável pela defesa das liberdades, das instituições, do rule of law, do estado democrático de direito e das instituições, pilares da democracia que o partido vencedor ataca como inimigos mortais. Tenhamos ânimo e coragem para impedir que o novo governo converta o Estado num instrumento de poder absoluto e nos trate como súditos passivos de um projeto revolucionário."
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Um comentário:
Prezado Ronald !
Mais uma vez o Brasil está atrasado em relação ao mundo civilizado. Enquanto a Europa aprova reformas na previdência e implementa cortes de gastos públicos, enquanto os EUA elegem os conservadores para conter o descontrole dos gastos do Obamacare, os brasileiros preferem o populismo.
Podemos nos preparar para a reedição da CPMF!
Vale lembrar o discurso inaugural de Ronald W. Reagan em 20/01/1981: "Government is not the solution to our problem, government is the problem".
Lúcio Theodoro
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