Existe vida inteligente no Senado: Marcos Mendes e Marcos Kohler, consultores legislativos do Senado Federal, explicam o recente artigo de Guido Tabelini e co-autores, que investiga a relação entre transferências intergovernamentais, corrupção e qualidade dos políticos nos municípios brasileiros, mencionado abaixo. Digno de nota é que um dos co-autores é a economista brasileira Fernanda Brollo. Trabalhos em co-autoria exploram as vantagens comparativas dos seus autores: Tabellini e Perotti entraram provavelmente com a fama (para aumentar o interesse do público alvo e a exposição do trabalho) e orientação, enquanto que o trabalho principal deve ter sido desenvolvido pela Fernanda. Existe uma outra literatura correlata sobre o tema, que chega praticamente às mesmas conclusões e atende pelo nome de "síndrome da restrição orçamentária frouxa" (soft budget constraint).
Vale a pena ler o pequeno ensaio dos Marcos. Uma excelente radiografia de como incentivos perversos geram comportamento indesejável, ajuda a explicar o excesso de corrupção no DF e em vários estados e municípios receptores de transferências, pode ainda ajudar a desenhar melhores regras para a apropriação dos recursos do pré-sal.
(Dica: Selva Brasilis)
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