sábado, 21 de janeiro de 2012

Sobre Libertarianismo

Brad De Long tem uma interpretação bizarra pouco informada sobre libertarianismo (ou liberalismo clássico), ao criticar Milton e Rose Friedman. A fonte do seu problema está em não entender a distinção entre liberdades negativas e positivas. Somente as negativas (fundamentalmente, direito à vida, propriedade e busca da felicidade) constituem os famosos direitos naturais. Liberdade de expressão e liberdade religiosa fazem parte do cinturão protetor dos direitos naturais, pois também são liberdades negativas e os reforçam. As liberdades positivas  (como direito à felicidade, liberdade do medo e da necessidade- para usar a terminologia do DeLong) não são constitutivas dos direitos e entram em conflito e enfraquecem as negativas. John Cochrane, corretamente, discute a interpretação pobre de DeLong e chama a atenção ao fato de que liberdades positivas são consequências de sociedades prósperas, e não suas causas.

Outro economista que tem uma interpretação pouco informada sobre libertarianismo é o Jeffrey Sachs, que coloca outros valores morais acima da liberdade individual. O problema é que a satisfação e a busca de outos valores morais desejáveis somente pode ser realizada em uma sociedade livre. Desta forma, é o respeito aos diretos naturais que preserva e estimula os outros valores morais. Trevor Burrus, do Cato Institute, discute extensivamente o artigo do Sachs e esclarece (HT: SB, pelo artigo do Burrus):

"In fact, most libertarians believe that the "other values or causes" listed by Professor Sachs are best promoted by promoting liberty. We believe so strongly in liberty because we believe that all those values are vital to humanity. At bottom, what ties libertarians together is the notion of a "presumption of liberty" -- that state action needs justification, not human freedom. This idea is far from controversial and, in fact, it is the founding principle of the modern liberal state."

Parcerias Público-Privadas Para Alavancar Investimentos

Embora o governo federal ainda tem demonstrado pouco interesse, as PPP's estão adquirindo força em estados e municípios. Trata-se de uma alternativa viável para atrair capital privado em projetos de infraestrutura e em projetos onde a presença de externalidades torna a taxa interna de retorno privada substancialmente mais baixa do que a social. Se bem estruturadas, PPP's representam uma solução eficiente para alavancar a taxa de investimentos e impulsionar o crescimento econômico do país. O Banco Mundial tem um site (PPIAF) com ampla informação sobre PPP's ao redor do mundo, bem como sobre as técnicas utilizadas em suas estruturações. No Brasil, vale a pena consultar também o pessoal do site PPP Brasil, que apresenta bons artigos e está tomando várias iniciativas para facilitar a implementação desta modalidade de contratos no país.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Marsalis & Clapton

Para começar bem o ano. A banda é sensacional e a música deliciosa.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

É a Dívida Pública, Estúpido! Parte III

Paul Krugman discorre novamente sobre o tema. Desta vez, Don Boudreaux, da George Mason, discute sua argumentação aqui, aqui e aqui. Nick Rowe também explica o custo da dívida aqui e aqui.

É a Dívida Pública, Estúpido! Parte II

Um continente de más idéias: John Cochrane discute os problemas de endividamento público na Europa e repercussões sobre o Euro:

"Conventional wisdom says that sovereign defaults mean the end of the euro: If Greece defaults it has to leave the single currency; German taxpayers have to bail out southern governments to save the union.
This is nonsense. U.S. states and local governments have defaulted on dollar debts, just as companies default. A currency is simply a unit of value, as meters are units of length. If the Greeks had skimped on the olive oil in a liter bottle, that wouldn’t threaten the metric system.
Bailouts are the real threat to the euro. The European Central Bank has been buying Greek, Italian, Portuguese and Spanish debt. It has been lending money to banks that, in turn, buy the debt. There is strong pressure for the ECB to buy or guarantee more. When the debt finally defaults, either the rest of Europe will have to raise trillions of euros in fresh taxes to replenish the central bank, or the euro will inflate away."

É a Dívida Pública, Estúpido! Parte I

Paul Krugman aqui, aqui, aqui e aqui, deixa John Cochrane (agora blogueiro), irado. Claro como um bom livro-texto, Greg Mankiw e Larry Ball explicam a economia dos déficits e da dívida pública.

Marginais e Revolucionários

Sobre como crises econômicas e a blogosfera estão impulsionando heterodoxias econômicas, segundo a The Economist: (HT: Mauricio Felippi)

"Decades ago macroeconomics resembled an “intellectual witch’s brew”, according to Olivier Blanchard, chief economist of the International Monetary Fund. It contained “many ingredients, some of them exotic—many insights, but also a great deal of confusion”. Things then became more rigorous and refined: disagreements remained, but within set limits. Now, on the blogs, the economic conversation boils and bubbles again. That ferment is surely spreading into the academy—and in time some new quintessence will be brought forth, perhaps from materials now considered base."

Listas de Início de Ano

O NYT pergunta a seis economistas como será 2012.

A revista Foreign Policy elege os melhores escritos (livros, artigos, posts, etc.) de 2011 sobre como o mundo funciona.

O Estadão pergunta a alguns economistas o que esperar da economia do Brasil em 2012.

A revista Foreign Affairs elege os melhores livros de relações internacionais de 2011.