quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Nike Patrocina Reality Show de Horror

El Comandante revela o patrocinador de seu Reality Show. À sua esquerda, um cara boa pinta que diz não saber de nada. À sua direita, um famoso empresário da mídia que deseja adquirir os direitos autorais do show e trazê-lo com exclusividade para o Brasil.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Gary Gorton Explica a Crise Financeira

Tudo o que você queria saber sobre a crise financeira mas tinha vergonha de perguntar, por um dos maiores experts em finanças.

The Krugman Blues

Video e música do álbum Songs for a New Depression, de Loudon Wainwright III. Também vale a pena ler "The Deflationist", ensaio da The New Yorker sobre Paul Krugman. Aqui vai um trecho, mencionado por Tyler Cowen:

"Last August, Krugman decided that before he and Wells departed for a bicycle tour of Scotland he would take a couple of days to speak at the sixty-seventh world science-fiction convention, to be held in Montreal. (Krugman has been a science-fiction fan since he was a boy.) At the convention, there was a lot of extremely long hair, a lot of blue hair, and a lot of capes. There was a woman dressed as a cat, there was a woman with a green brain attached to her head with wire, there was a person in a green face mask, there was a young woman spinning wool. There was a Jedi and a Storm Trooper. Those participants who were not dressed as cats were wearing T-shirts with something written on them: “I don’t understand—and I’m a rocket scientist,” “I see dead pixels,” “Math is delicious.” Krugman has always had a nerdy obsession with puns. (He is very proud of a line in one of his textbooks: “Efforts to negotiate a resolution to Europe’s banana split had proved fruitless.”) He also likes costumes. Once, he and Wells gave a Halloween party where the theme was economics topics—two guests came as Asian tigers, several came as hedge funds, one woman came as capital, dressed as a column. Sitting up onstage at the science-fiction convention, Krugman looked happy to be there. It seemed that these were, in some worrying sense, his people."

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Estímulo Fiscal, Um Ano Depois

Robert Barro, da Harvard University, investiga o tamanho dos multiplicadores de gastos e tributos e conclui, no WSJ:

"We can now put the elements together to form a "five-year plan" from 2009 to 2013. The path of incremental government outlays over the five years in billions of dollars is +300, +300, 0, 0, 0, which adds up to +600. The path for GDP is +120, +180, +60, minus 330, minus 330, adding up to minus 300. GDP falls overall because the famous "balanced-budget multiplier"—the response of GDP when government spending and taxes rise together—is negative. This result accords with the familiar pattern whereby countries with larger public sectors tend to grow slower over the long term.

The projected effect on other parts of GDP (consumer expenditure, private investment, net exports) is minus 180, minus 120, +60, minus 330, minus 330, which adds up to minus 900. Thus, viewed over five years, the fiscal stimulus package is a way to get an extra $600 billion of public spending at the cost of $900 billion in private expenditure. This is a bad deal.

The fiscal stimulus package of 2009 was a mistake. It follows that an additional stimulus package in 2010 would be another mistake."

Justiça Social, Participação e Solidariedade

Conforme reza a cartilha da nova ética, é socialmente justo pois todo militante de partido revolucionário que lutou para para implementar uma ditadura socialista deve ser indenizado pelas perdas decorrentes da redemocratização do país e sua participação está garantida neste esquema pela solidariedade dos amigos no Estado. Deixando a novilíngua Orwelliana de lado e traduzindo para o português como ele costumava ser: A arte de enriquecer rapidamente às custas da sociedade.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Mitologia e Mágica: Opções Econômicas da Grécia

Frente à crise grega, Armínio Fraga sugere as opções, onde mágica não conta. Alex discute o mesmo tema, com recurso à mitologia. Curiosamente, a análise dos dois parece estar em acordo, mesmo que não explicitamente. Isto não é fantástico?

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Ibrahim Ferrer Canta Dos Gardenias



Além da belíssima música, aprecie também o video de Havana, supostamente filmado em 1955.

Carnaval com Cláudio Arrau



Cláudio Arrau em uma bela interpretação de Carnaval, de Robert Schumann.

A Campanha do Debate: Novas Adesões

Porque os dois presidentes devem debater suas posições e o que deve ser questionado, em um bom artigo de Mauro Chaves no Estadão.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Chega de Mentira: Debate Já!


Considerando que a campanha eleitoral iniciou com a bênção do STE, que não vê irregularidades no uso da máquina pública por Mr. da Silva e sua candidata, considerando que o ex-presidente associado à sigla FHC publicou artigo conclamando ao debate seu sucessor, este blog apoia a campanha "Chega de Mentiras: Debate Já". O eleitor brasileiro merece respeito.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A Hipótese de Mercados Eficientes

Tudo o que você queria saber sobre a hipótese de mercados eficientes mas tinha medo de perguntar. A resenha de Erik Falkenstein conclui:

"'Rejecting efficient markets’ is not a necessary or even helpful pillar to understanding current anomalies because it is difficult to see any comparable replacement that would prevent the field from turning into chaos, where every outcome is the result of some ad hoc noise trader assumption. The efficient markets paradigm is a triumph of economics because it is so counterintuitive to the layman, so restrictive in what it allows, and so pervasive in its application. A healthy respect for the rationality of markets is a hugely advantageous mindset for the researcher and practitioner. This should be the base from which one identifies anomalies, and then explains them with specific frictions or cognitive biases."

O Avanço do Atraso

"A Grande Transformação", documento do partido de Mr. da Silva, cujo objetivo é delinear as diretrizes políticas da candidata oficial à presidência, tem como diretriz o aumento da presença do estado na economia com por meio do crescimento das estatais e do direcionamento do crédito pelos bancos estatais. O primeiro ponto está associado ao crescimento de monopólios e supressão de competição, enquanto que o segundo é conhecido por repressão financeira. Ambos indicam estatização e têm possibilidades reduzidas de produzir crescimento econômico com melhor distribuição de renda, pois países com maior grau de sucesso nesta seara são aqueles que criam um ambiente institucional para a proliferação de mercados competitivos. O avanço dos monopólios estatais cria apenas uma casta de funcionários públicos descompromissados com o consumidor, enquanto que a repressão financeira, além de tradicionalmente ser uma péssima alternativa para alocação e recursos, cria grandes privilégios para aqueles grupos do setor privado não com habilidades produtivas, mas com maior influência política. Como isto irá produzir maior crescimento econômico com melhor distribuição de renda? Eu não tenho a menor idéia.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Uma Solução Coaseana Para o Problema da Compra dos Caças

O governo federal já havia se decidido politicamente pela compra dos caças franceses muito antes da atual redução de preços, embora os franceses ainda sejam mais caros do que os americanos e os suecos e a despeito de que o usuário final, a Aeronáutica, prefere, por motivos técnicos, os caças suecos. Existe aqui um óbvio conflito de interesses entre objetivos políticos do Governo Federal e as necessidades das Forças Armadas. Minha solução é simples: o Planalto deseja pagar mais pelos caças franceses do que eles valem - para a Aeronáutica, eles valem muito pouco -, a diferença é a conveniência política. A solução então é satisfazer o consumidor final comprando os caças suecos a um preço menor e doar a diferença (o quanto o governo brasileiro está disposto a pagar pelos Rafales menos o custo dos caças suecos) para o governo francês. Assim, consegue-se os dois objetivos: Mr. da Silva consegue comprar o apoio de Mr. Sarkozy, a Aeronáutica tem o que precisa e o contribuinte não precisa pagar mais caro por esta patetice. Mr. da Silva fica contente, Mr. Sarkozy fica contente, a Aeronáutica fica contente e o contribuinte não é completamente escalpelado.

Rio Grande do Sul e o Caminho para o Inferno

Mau prenúncio: Alta recorde de temperatura e a volta do ministro, aquele da Justiça. Vade retro satana!

Renminbi Subvalorizado: Quem Paga a Conta?

Países pobres e mercados emergentes, como argumenta Arvind Subramanian, no FT:

"... an undervalued exchange rate is above all a protectionist trade policy, because it is the combination of an import tariff and an export subsidy. It follows therefore that the real victims of this policy are other emerging market and developing countries – because they compete more closely with China than the US and Europe, whose source of comparative advantage is very different from China’s."

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Direitos de Propriedade: Em Defesa do Estado de Direito

Importante nota da AMB a respeito do PNDH-3, que visa, entre outras aberrações, enfraquecer legalmente o direito à propriedade:

Assessoria de Comunicação da AMB
29.01.2010 16:58
Nota Pública - Programa Nacional de Direitos Humanos

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), entidade representativa de aproximadamente 14 mil juízes, em todos os seguimentos do Poder Judiciário, vem a público manifestar preocupação e apreensão ao Programa Nacional de Direitos Humanos, editado pelo Governo Federal, exigindo a realização prévia de audiências públicas a serem promovidas no âmbito do Poder Executivo, como pré-requisito para a concessão de liminares concedidas pelo Poder Judiciário em caso de reintegração de posse.

A proposta afronta a segurança jurídica daqueles que buscam no Poder Judiciário a pronta intervenção em casos de violação ao seu direito de propriedade, além de representar manifesta e indesejável usurpação de função, subvertendo atribuições específicas dos Poderes Constituídos do Estado.

Não é aceitável que o juiz, após formar seu livre convencimento para conceder uma medida liminar, observando o devido processo legal, tenha condicionada sua decisão, muitas vezes necessária e urgente, à realização de uma audiência pública com viez não raras vezes político, postergando ainda mais a prestação jurisdicional pretendida.

Resta, pois, evidente que a proposta, se aprovada, afronta prerrogativas próprias dos magistrados e do Poder Judiciário de dizer o direito a quem dele reclama, com inegáveis consequências às garantias constitucionais do cidadão e da sociedade brasileira.

Portanto, a Associação dos Magistrados Brasileiros, como órgão de representação de todos os seguimentos do Poder Judiciário Nacional, sente-se no dever de alertar a sociedade, as autoridades constituídas e aos demais Poderes da República para a gravidade que a proposta, se transformada em lei, poderá ensejar.

Brasília, 27 de janeiro de 2010.

Mozart Valadares Pires

Presidente da AMB

Violência, Destruição e Violação de Direitos de Propriedade



É o resultado da ausência do Estado de Direito.

Viva o Dia Nacional do Combate ao Escalpelamento!

Mais um exemplo, agora na forma de promulgação de leis, da cultura do "quanto mais, melhor" desta tragédia nacional que se chama governo. Preparem-se para as comemorações no dia 28 de agosto.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Ladeira Abaixo

O que pode acontecer quando um governo, com as virtudes do brasileiro, se envolve com educação, cultura e ciência?

Sobre Economia Alternativa,Taxa de Câmbio, Crescimento Econômico e a China

Economistas alternativos no Brasil de vertente keynesiana, com influência na academia e na formação de opinião pública, defendem a tese que a política mais estratégica para o desenvolvimento econômico é a política cambial, com o câmbio subvalorizado (Veja o debate sobre taxa de câmbio abaixo). Citam ainda a China como exemplo de país com crescimento econômico acelerado que faz uso desta estratégia. Me leva a pensar sobre o que seria da China sem a sua política de câmbio.

Curioso é que um dos maiores experts em estratégias de desenvolvimento econômico, chinês e profundo conhecedor da economia chinesa, o economista Justin Yifu Lin, em recente livro, sequer menciona o câmbio. Importantes para o desenvolvimento são políticas que exploram e desenvolvem vantagens comparativas (Comparative Advantage Following), e não aquelas que se opõem (Comparative Advantage Defying). Mais curioso ainda é sua observação de que o fracasso da América Latina em se desenvolver decorre de seus erros de estratégia, que misturam substituição de importações com keynesianismo. O problema é que esta mistura nefasta cria um ambiente institucional propício à corrupção, rent-seeking e péssima distribuição de renda, regado a muita ineficiência econômica.

Dá para começar a entender qual que é o problema deste país?

Por Que é Tão Difícil Crescer?

Para que um país possa crescer mais rapidamente, é necessário aumentar sua taxa de investimento em capital físico e humano. Seu problema então é organizar a sociedade de forma que valha a pena investir em capital produtivo, aumentando sua taxa de retorno pela minimização da possibilidade de expropriações, seja por roubo, extorsão por autoridades de governo ou a criação de impostos arbitrários. Fundamental então é a proteção a direitos de propriedade e a criação de mercados competitivos, tarefas típicas de governos, dentro de uma estratégia consistente de desenvolvimento econômico. As coisas começam a ficar realmente difíceis quando é o próprio governo que encarece o investimento em infraestrutura ao limitar competição em licitações visando capturar uma fatia maior de propina - na terminologia dos políticos, recursos extra-oficiais não contabilizados.